quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PSDB PRECONCEITUOSO E INCOMPETENTE





     Essa campanha eleitoral está superando as expectativas das elites e tirando o sono dos desenvolvimentistas.
     É notório que o núcleo duro do PSDB é latifundiário, preconceituoso e plutocrático.
     Fernando Henrique Cardoso apenas ilustrou de forma polida a aversão dos setores elitistas e despolitizado brasileiro.
     Elitista pela obviedade do príncipe dos sociólogos ao referir-se aos nordestinos como uma população com defeitos intelectuais devido a desinformação.
     Qualquer eleitor nato do PSDB possui a mesma linha de raciocínio. Ele é avesso a programas sociais, falam em Cuba como se fosse a “Eurásia” de George Orwel, e regurgitam discursos inflamados contra  a Bolívia  por retomar seu petróleo tal qual fez o Brasil na era Vargas, lançam impropérios contra a Venezuela como se Hugo chaves ainda vivo fosse. Verdadeiro mar de ignorância que passa ao largo do bom debate no campo das ideias.
      Setores mais privilegiados da pirâmide social brasileira sentem muitas saudades do tempo em que viajar de avião era para poucos, automóvel zero quilometro era prazer nababesco, salivado por milhões de olhos excluídos do mercado consumidor .
      Outro fator grave é a intolerância com as minorias GLBT e o movimento negro.
      Se consultar um eleitor alinhado com o PSDB, ele dirá que programas sociais atrasam o governo, é assistencialismo , racismo no Brasil não existe etc.
      Se o benefício Federal for para alguém que habita a casa grande brasileira, o estado tem o dever, segundo o morador da Casa-Grande,  de fomentar investimento para gerar capital a iniciativa privada para trazer divisas para o país.
      O eleitor do PSDB não aprendeu com crise do Lehman Brothers em 2008.
      O eleitor de Aécio Neves vota contra o seu próprio povo por não ter memória do fracasso do real que explodiu em irreversível desvalorização perante o dólar, desvalorização necessária para consertar a maquiagem econômica de FHC, supervalorizou a moeda para incentivar um consumo reprimido e ainda ser o primeiro presidente não ético reeleito.O eleitor do PSDB vive para a casa-grande, o do PT para a senzala.





sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ELITE + PSDB = DISCURSO EMBOLORADO



      Na última semana de campanha eleitoral é possível ver claramente os projetos antagônicos apresentados por Aécio Neves e Dilma Roussef.
      O projeto de Aécio Neves consiste em ampliar as vias neoliberais onde a presença do estado deve ser mínima com desigualdade social ampliada em nome do mercado.
     Qualquer cidadão minimamente informado lembra-se quando a PETROBRAS foi renomeada para PETROBRAX no intuito de ficar mais palatável em uma possível privatização e voltou a ser PETROBRAS devido a estupidez e subserviência ao mercado de Wall Street.. 
     Da mesma forma esse mesmo cidadão reconhece que foi um equívoco eivado de propinas a privatização da VALE DO RIO DOCE.
     Na parte de corrupção basta citar a compra de votos para reeleição onde um presidente legislou em causa própria com o aval das elites, Rede Globo, folha de São Paulo e a plutocracia em geral.
     O projeto de Dilma consiste na transferência de renda através do Bolsa família e outros programas.
     As elites, os moradores da casa grande, detestam qualquer forma de transferência de renda. O preconceito é tão gritante que pessoas pertencentes a elite ou suposta elite, afirma que o bolsa-família é uma forma de fomentar os pobres a usar os  filhos como modo de sobrevivência. Quer maior exemplo de preconceito ?
    Gregório Duvivier, ator e criador do site “porta dos fundos”, foi insultado por ser simpatizante de Dilma Roussef.
    O ator Dado Dolabella chamou o ator de “marginal’ por declarar voto à petista.
    É natural a crítica advinda das elites, reflete a insensibilidade com a ínfima transformação social que ocorreu no Brasil,mas, preferem os discursos “embolorados” de sovietização, Hugo Chaves etc.
    É muita irresponsabilidade intelectual ou ignorância afirmar que alguém teria condições políticas de  fazer algum regime totalitário no Brasil.
    Por esse rebaixamento do debate é que a direita evoca generais de pijama por vislumbrar no Brasil uma sociedade capitalista ao estilo do nosso vizinho Paraguai, de Horácio Cartes.




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

FIM DA TARDE






Fim da tarde torno a rever

Ele estava a esperar

Ver-me retornar

Os segredos que ninguém pode saber

Ao menos imaginar

Por favor, não vá contar

Como tão normal eu posso ser

Sem futuro a me esperar

Você não estava lá

Quando todo mundo já

Partiu

O estrondo já ouviu

Meu mundo desmoronar

Nesse instante tento me mexer

Uma alegria perceber

Mas desabo no sofá

Homem feito em pleno entardecer

Querendo só morrer

Você não vai voltar




quinta-feira, 2 de outubro de 2014

JULIÃO , O BRASILEIRO



    
    A personagem mais brasileira que conheço chama-se Julião.
   Julião é o inteligente e pobretão parente distante de Jorge no romance “O primo Basílio” de Eça de Queiroz.
   Julião é advindo da classe proletária portuguesa, similar a atual classe “C” brasileira, inadaptado e isolado; um materialista revoltado contra a sociedade porque se sente desprezado por esta, almejava pertencer economicamente ao invejado circulo de seu parente engenheiro.
   Em meio ao clímax da novela, Julião chega mesmo a ser humilhado por Basílio quando fora visitar Luíza, esposa de Jorge.
   A humilhação foi registrada em forma de queixa a um amigo, no calor da emoção dizia se orgulhar de suas botas proletárias, mas dignas.
   Julião por ser inteligente e desprovido de renda digna, é o que mais sofre no romance.  Recebeu apelidos sugestivos como "tripa velha", " isca seca", " fava torrada", " saca rolhas".
   Nas páginas finais da obra, Eça de Queiroz presenteia o herói com uma vaga na esfera pública lisboeta.
   Julião dá adeus as humilhações e privações de todas as páginas passadas, agora é que a vida começa.
   Agora classe média , Julião desprezava os pobres e abraçava os valores da nobresa portuguesa, similar aos valores da elite brasileira.
   A semelhança entre Julião e os eleitores de Marina Silva, entre eles a rede GLOBO , não será coincidência , será aristotélico. A vida imita a arte!